segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Rocca 2000


Vinho : Rocca 2000
Tipo : Tinto
País : Itália
Região : Salento (Apuria)
Produtor : Angelo Rocca e Figli
Castas : Negro Amaro e Malvásia Nera
Graduação : 14,5%
Onde Comprar : Parque Recreio (Free Shoping) Fortaleza
Preço : 70,00

                              Levado pelo Paulo Elias na última hendonística da ACAV, este italiano foi motivo de muitos elogios dos presentes, a ponto de no outro dia, a maioria dos acavianos correrem para loja Parque Recreio para comprar o dito cujo.
                             Rocca 2000, um vinho italiano pronto pra beber, com todas as características de um vinho evoluído e  um preço extremammente honesto. Um custo benefício de fato e de direito.
                            Um vermelhoterracota com halo marron, mostrando já no primeiro olhar sua evolução. Aromas de café e pão torrados, pimenta, couro, e notas animais. Na boca suave, apesar dos 14,5% de álcool é um vinho bem redondo, elegante, fácil de beber. Peca um pouco pela falta de acidez no final. Ao meu juízo suas virtudes derrotam os defeitos. Um vinho que eu aprovei e indico. Uma prova inequívoca de que para beber um bom vinho, muitas vezes não precisamos pagar preços absurdos.
                           Harmoniza muito bem com carne vermelha, caça e até um bom pernil de carneiro ao forno. No dia que tomei esse vinho estava comendo um carré de carneiro.
                           Mais uma boa opção de vinho importado pelo Parque Recreio em Fortaleza.

Borgogne Hautes Cótes de Beaune GEISWEILER 2007


Vinho : Borgogne Hautes Cótes de Beaune
Tipo : Tinto
Safra : 2007
País : França
Região : Borgonha
Produtor : Geisweiler (Comerciante)
Casta : Pinot Noir
Graduação : 12,5%
Onde Comprar : Parque Recreio (Fortaleza)
Preço : R$ 37,00

              Não botei muita fé nesse vinho, mas confesso que me surpreendeu positivamente. É claro que não dá pra querer notas fantásticas deste francês, todavia, não é de se jogar fora, sobretudo pelo preço.
              Cor vermelho rubi levemente transparente com halo púrpura. Aromas de frutas vermelhas maduras principalmente cereja e morango. Também senti aromas tostados de pão, café e pimemta do reino. Esses aromas tostados, eu nunca tinha sentido num pinot noir. Na boca, é suave, elegante, acidez equilibrada, o que  torna o vinho mais palatável. Final sem muita persistência; passa rápido por boca, assim, notamos que deixa a desejar no final de boca.
              Pesando os prós e os contra, esse francês na minha opinião vale a pena, pelo preço, pelo equilíbrio e pela suavidade. Estamos diante de mais um ótimo custo benefício. Muita gente diria que esse francês é um vinho para o dia a dia. Não sei bem o que eles querem dizer com isso, mas de qualquer forma, tudo bem.
PS: É claro que não vai agradar aos que gostam de vinho com potência e estrutura. Esse exemplar da Borgonha foi levado para confraria das terças pelo amigo Fernando Monte. Todos aprovaram com algumas restrições, é claro.

domingo, 26 de setembro de 2010

Erasmo 2006



Vinho : Erasmo
Tipo : Tinto
Safra : 2006
País : Chile
Região : Maule
Produtor : Viñas La Reserva de Caliboro
Castas : 60%Cabernet Sauvignon,30% Merlot, 10%Cabernet Franc
Graduação : 14,0%
Onde Comprar : R$ 100,00
Preço : R$ 100,00 (Promoção e frete incluído)

    O Conde Francesco Marone Cinzano apostou na margem do Perquilauquén para esta mescla de cepas bordalesas no meio do agreste do Maule. Este ano, o Erasmo, pela análise do Guia Descochardos, leva o prêmio de melhor mescla tinta do Chile e segundo melhor vinho do ranking Argentina-Brasil-Chile.
    Cor vermelho rubi com halo terracota, lágrimas bem presentes que descem lentamente pela taça. Aromas de frutas vermelhas maduras, morango e um pouco de cereja. Nota-se também especiarias, madeira tipo cedro, baunilha, couro, café e pão torrado. Na boca, elegante, excelente presença de boca, macio, agradável e amplo. Final longo e retrogosto demorado. O álcool não incomoda, seus taninos são suaves e sua acidez muito equilibrada evitando que o vinho fique monótono. Um vinho que pode ser bebido agora, mas ainda melhora bem nos próximos dez anos.
     Carnes de caça, codorna e uma picanha mau passada harmonizam muitíssimo bem com este belo exemplar chileno. Eu harmonizei este caldo com um belo capote (galinha de angola) cozido na cerveja preta, foi fantástico. Experimentem!
PS: O Site http://www.vivendoavida.net/ publicou o resultado de uma degustação vertical do Erasmo  2001 a 2006. Confiram !

Poderuccio IGT 2007



Vinho : Poderuccio IGT
Tipo : Tinto
Safra : 2007
País : Itália
Região : Toscana
Castas : Sangiovese, Cabernet Sauvignon, Merlot
Graduação : 13,5%
Onde Comprar : http://www.meuvinho.com.br/
Preço : R$ 61,00

     Um Supertoscano com excelente custo benefício. Tenho visto vários vinhos desta vinícola com preços bastante convidativos. A princípio, desconfiei da qualidade dos produtos, mas resolvi arriscar. Por enquanto estou me dando bem. O Pederuccio IGT 2007 me agradou muito.
     Amadurecido 30% por seis meses em barricas de carvalho francês e quatro meses em garrafa.
     Cor rubi, lágrimas abundantes que caem lentamente pelo copo. Aromas de frutas vermelhas, especiarias, couro e cedro. Bem equilibrado e complexo no nariz. Na boca, elegante, bem estruturado. Muito bom no primeiro impacto, mas, peca um pouco por ter um final de boca não muito longo, sem muita persistência. Taninos maduros e bastante palatáveis. Percebe-se um pouco do álcool no final, mas não incomoda.
   Levei esse vinho pra confraria das terças. Foi bastante elogiado pelos amigos Werton Lôbo e  Fernando Monte. Uma boa surpresa da Toscana com preço muito honesto. Harmonizamos com codorna na brasa e picanha de porco. Foram muito boas as duas combinações.

Edizione Cinque Autoctoni 2006


Vinho :  Edizione Cinque Autoctoni
Tipo : Tinto
Safra : 2006
País : Itália
Região : Abruzzo
Produtor : Vini Farnese
Castas: 33% Montepulciano,30% Primitivo, 25% Sangiovese, 7% Negroamaro, 5% Malvasia Nera
Graduação : 14,5%
Onde Comprar : World Wine (http://www.worldwine.com.br/)
Preço : R$ 160,00

      Um italiano diferente feito para o mundo! Não é à toa que esse vinho é 90% exportado. Um vinho pra agradar o cliente internacional. Recebi um Email da World Wine com uma promoção do Edizione. Comprava 06 garrafas e pagava cinco. Então, consultei o acaviano Danilo Arruda que me passou informações positivas sobre este italiano.
      O que chama atenção neste vinho é o blend de cinco uvas autóctones italianas, e sua garrafa imponente que pesa 1,8Kg vazia. Não sei pra que tudo isso, mas tudo bem.
      O Edizione passa 12 meses em barricas novas de 225L, 40%  francesas e 60% americanas.
      Uma cor púrpura com halos violáceos, bem escuro mesmo. Suas lágrimas descem lentamente pela taça. Aromas de chocolate branco, baunilha, ameixa, amora e côco. No final, nota-se tabaco, aromas tostados e especiarias. Na boca, grande personalidade, cremoso, carnudo, muito elegante, taninos bem maduros, final de boca longo, muito longo. Percebe-se pouco o álcool apesar dos seu 14,5%. Um vinho que realmente impressiona. É maravilhoso! Um ícone da moderna vinicultura italiana. Um blockbuster estilo moderno com o caráter das cepas italianas. Bela indicação do amigo Danilo Arruda.
     Pode ser harmonizado com uma bela carne vermelha, tipo um contra filé argentino ou até mesmo ser bebido só, com um belo charuto. Eu tomei sem acompanhamento. Aprovei com louvor e indico muito.

M Mencia Luna Beberide 2004


Vinho : Mencia Luna Beberide
Tipo : Tinto
Safra : 2004
País : Espanha
Região : Bierzo
Casta : 100% Mencía
Graduação : 13,5%

      A região de Bierzo, até então desconhecida pra min, fica localizada à noroeste da Espanha, e se destaca pela personalidade, frescura e equilíbrio dos seu vinhos. O Bierzo é um amplo vale ao longo do rio Sil, que fica situado entre o clima seco da serra e a influência úmida do atlântico. Tem como principais uvas a tinta Mencia e a branca Godello.
      Cor terracota com halo alaranjado pra marron, lágrimas abundantes. Aromas de especiarias, pimenta, tostados, café, estábulo. Nota-se também aromas herbáceos. Seu paladar é agradável, excelente estrutura, elegante, álcool presente, mas não incomoda. Acidez agradável e taninos bem domados com final longo e macio. Um vinho bem estruturado, bem evoluído, realmente marcante.
     Esse vinho eu ganhei de presente (amigo secreto), na minha primeira reunião da ACAV no natal do ano passado. Quem me presenteou foi o Danilo Arruda. Guardei na adega e só agora resolvi abrí-lo. Tomei este caldo espanhol com o meu amigo Marcos Bandeira, que também elogiou muito o vinho. Só me resta agradecer ao Danilo pelo belo presente e ao Marcos Bandeira pela companhia e maravilhoso papo.
PS: Não sei o preço deste vinho, mas, posso adiantar que o presente do amigo oculto tinha que ser um vinho em torno de R$50,00, então, tirem suas conclusões. Esse eu aprovei e indico.

Muga Selección Especial 2004


Vinho : Muga Selección Especial
Tipo : Tinto
Safra : 2004
País : Espanha
Região : Rioja
Produtor : Bodegas Muga
Casta : 70% Tempranillo, 20% Garnacha e 10% Mazuelo e Graciano
Graduação : 13,5%
Onde Comprar : D`litália (Fortaleza)
Preço : R$ 220,00 (às quintas você paga R$110,00

            Antes de chegar ao consumidor final, esse vinho passa 6 meses em cubas de carvalho americano, 30 meses em barricas de 225L de carvalho americano e francês e 12 meses em garrafas. Como vimos, um caldo bem preparado antes de ser servido.                 
           Muga Selección Especial 2004 foi um vinho escolhido para degustação na última quinta feira dia 23 de setembro. Pra quem não sabe, às quintas feiras na D`litália o vinho da carta é vendido pela metade do preço. Os vinhos tem que ser bebidos no estabelecimento, não se pode comprar e levar pra casa.
            Uma cor vermelho rubi com halo terracota, ainda jovem aos olhos. Aromas bem evoluídos com predominância de tostados, tabaco, um pouco de notas animais, café torrado, couro e côco. Bem complexo no nariz. Na boca, elegante, taninos bem integrados com o álcool, acidez bem agradável. Final de boca longo e retrogosto persistente. Um vinho amplo em boca, que agradou tanto a min quanto ao Alexandre. Uma bela surpresa! Acho que ainda está jovem e deve melhorar ainda mais nos próximos cinco anos.
             Pra harmonizar, pedimos queijos, frios e torradas de queijo mussarela com molho de tomate. Foi uma bela degustação. Estava também presente o grande Carlito, consultor de vinho da Opção, pois às quintas-feiras ele se faz presente na padaria, para orientar os clientes na escolha do vinho. Gostei muito da degustação, boas companhias (Alexandre e Carlito) e um papo formidável.
PS : Esse vinho vai muito bem com um belo pernil de carneiro com batatas ao forno.
Antes do tinto tomamos um branco também da Muga, mas depois eu conto sobre ele.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A degustação do vinho. Parte 01

  

      O objetivo desta postagem é proporcionar ao leitor uma noção básica sobre degustação, pois muitas vezes o entendimento mínimo da apreciação de um vinho nos leva a descobrir novos horizontes no mundo da enogastronomia. Quer ver um exemplo clássico? Quando vamos para uma aula já tendo lido sobre o assunto, nosso aproveitamento é infinitamente superior. O mesmo acontece com o vinho. Se você vai degustar já sabendo o que explorar, o que avaliar, como proceder para tirar o máximo daquele vinho, melhor será o seu aproveitamento e melhor será a sua análise crítica.
      A degustação, também chamada análise sensorial ou exame organoléptico, tem como objetivo apreciar todos os aspectos do vinho que sensibilizam os sentidos da visão, do olfato e do paladar. Podemos dizer também, que a audição é estimulada pelo som que o vinho provoca quando cai na taça, dando uma ideia da sua densidade.
       Com alguns conhecimentos e bastante prática, qualquer um pode tornar-se um bom degustador.
       Como se degusta corretamente um vinho? A degustação do vinho consiste em três etapas: o exame visual, o exame olfativo e o exame gustativo.
        Falaremos nesta primeira postagem sobre degustação do exame visual de um vinho.

Exame Visual: Cor
        O  exame visual, deve ser feito com uma quantidade de vinho entre um terço e metade do volume da taça e deve observar os critérios de cor, limpidez, brilho, transparência e viscosidade. A degustação realmente começa pelo exame visual. A visão é o primeiro identificador que informa ao mesmo tempo sobre o estilo e a idade do vinho, analisados através da tonalidade, do halo, da limpidez, da coloração, da fluidez e eventualmente da efervescência.
        No olhar se reconhece o rendimento da vinha, as tonalidades típicas de uma variedade, a safra, a tipologia do clima, e a evolução do vinho na garrafa.
         Um tom profundo, denso, rico, com halo em nuances púrpuras estará mais próximo de um Malbec da Argentina do que um Sangiovese da Toscana. Por outro lado, uma cor leve, resultando em um sutil reflexo rubi, nos faz pensar em um Pinot Noir da Borgonha.
         Para começar um exame visual, o avaliador deve segurar o copo pela base e incliná-lo diante de uma fonte de luz.
          Os vinhos brancos variam do amarelo-esverdeado, amarelo-palha, dourado, amarelo-âmbar ao alaranjado. Como vimos, o vinho branco vai ganhando cor a medida que vai evoluindo. Os brancos bem jovens apresentam tonalidades esverdeadas. Devem ser bebidos preferencialmente, durante o verão, em seu frescor, e espontaneidade. Geralmente não passam por madeira e são compostos por variedades aromáticas como a sauvignon, a muscat, ou a riesling. De acordo com a intensidade da insolação, ou o tempo de barricas, esses mesmos brancos perdem suas tonalidades verdes para apresentar-se com uma cor palha e dourada. Se a cor é amarelo-âmbar ou topázio, temos certeza de que estamos diante de um vinho com a idade mais avançada. Um vinho com essa cor pode também está oxidado, ou seja, já passado. Portanto esse fenômeno de mudança de cor ao longo dos anos, se deve ao contato do vinho com o oxigênio. Ele pode ser vantajoso, ou se for um contato prolongado, pode ter uma influência nefasta.
            Os rosés oferecem um degradê do rosa-pálido ao pétala de rosa, salmão, cereja, clarete.  A intensidade da cor neste caso, depende sobretudo da assemblage. A idade de um vinho rosé não garante exatamente sua qualidade: uma cor clara demais e um halo levemente alaranjado indicam um vinho envelhecido demais. Por outro lado para um champanhe rosé de uma grande safra, estar caracterizado com um tom mais pálido é sinal positivo de envelhecimento.
             Os vinhos tintos exibem tonalidades variando do púrpura ao alaranjado, passando por fases rubi, bordô e terracota. A coloração púrpura evoca vinhos mais jovens; os rubis e os bordôs evocam vinhos prontos para beber e maduros; os vermelhos terracota e os alaranjados evocam vinhos antigos. Um vinho cor terracota poderá revelar um grande terroir da Toscana, como também uma garrafa de Ribera Del Duero, mas por outro lado, ele indicará um vinho apagado no caso de um Pinot Noir alemão. É indispensável inclinar o copo para observar os halos sobre as bordas do disco que formam a superfície do líquido.

 Limpidez e brilho
        Um vinho de boa qualidade tem que ser límpido e brilhante. Não deve ser pálido, nem conter partículas, com exceção dos vinhos de longa guarda, como os Bordeaux, os Barolos, Barca Velha etc.

 Transparência
        Um vinho deve ser transparente, permitir a leitura através da taça. Os tintos quando não filtrados e de cor intensa, são menos transparentes. Vinhos francamente turvos ou opacos geralmente estão defeituosos.

 Viscosidade
        Um bom vinho deve apresentar certa viscosidade, isto é, apresentar um certo ¨peso¨, de certa forma aderindo nas paredes da taça. Girando-se um pouco de vinho na taça, ele escorre lentamente nas paredes, em forma de filetes chamados de lágrimas. Quanto mais lágrimas, mais álcool terá o vinho.

 Gás
       A maioria tem pouca quantidade de gás carbônico e são imperceptíveis à visão, por isso, diz-se que  trata-se de um vinho tranquilo. O gás carbônico está presente em maiores quantidades nos espumantes e nos frisantes. Nesses dois tipos de vinhos, sobretudo nos espumantes, o gás carbônico forma bolhas, cujo conjunto denomina-se perlage e deve ser analisado visualmente.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fleur de Jean Gué 2002



Vinho : Fleur de Jean Gué
Tipo : Tinto Seco
Safra : 2002
País : França
Região : Lalande de Pomerol
Produtor : Chateau Fleur de Jean Gué ( Família Vedrenne)
Castas : 80% Merlot e 20% Cabernet Franc
Onde Comprar :  Free Shoping Parque Recreio (Fortaleza)
Preço : R$ 65,00

               O Chateau Fleur de Jean Gué é uma propriedade de 13 hectares no coração do Lalande de Pomerol, de solo argiloso e vinhas de 25 anos de idade em média, que produz um vinho no, meu modo de ver, com pouquíssimo defeito.
                Sempre ouvi que: vinho francês no Brasil é muito caro e que pra você tomar um Bordeaux de boa qualidade, tem sempre que pagar fortunas. Esse vinho, na minha opinião, chegou pra quebrar todos esses paradigmas. Um excelente custo benefício. Realmente um Bordeaux de grande categoria.
                Cor vermelho rubi com halo terracota, lágrimas abundantes e lentas. Aromas de frutas vermelhas maduras e caqui. Chama atenção pelos aromas terciários de couro, pimenta, café, pão torrado, tabaco e notas animais. Na boca, elegante, taninos suaves, álcool quase imperceptível, acidez na medida certa. Tem uma boa persistência, não é das mais longas, porém, não deixa a desejar. Um vinho bem evoluído, perfeito pra ser bebido agora.
                 Esse belo francês foi levado pelo acaviano Selmo Coelho no encontro hendonístico da ACAV, que aconteceu no Restaurante Cabaña del Primo em Fortaleza. No jantar pedi carré de carneiro com batatas no molho de shimesh. Acertei no pedido. Combinou perfeitamente!
                 Mais um vinho que eu aprovo e indico. O preço tá muito convidativo. De resto, é só parabenizar o Selmo pelo excelente vinho e o pessoal do parque Recreio na pessoa do Paulo Elias pela bela importação.
PS. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês, um terço novas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Olivares Dulce Monastrell Jumila 2003


Vinho: Bodega Dulce Olivares Jumila
Tipo: Tinto Doce (Colheita Tardia)
Safra : 2003
País : Espanha
Região : Jumila
Produtor : Bodega Olivares
Graduação : 16%
Castas : 100% Monastrell
Onde Comprar : IGT (Fortaleza)
Preço : R$ 212,00

            Olivares Dulce Monastrell 2003, um vinho na, minha opinião, emblemático. Um dos melhores vinhos de sobremesa que já degustei. Cor vermelho terracota com halo alaranjado, bem licoroso, lágrimas em grande quantidade que desfilam lentamente pelo copo. Aromas de doce de caju em caldas, goiabada e notas herbáceas tipo grama molhada. Sentimos também chocolate e ameixa. Na boca, fantástico! Acidez perfeita, no final fica uma sensação de secura na boca, mas que não incomoda, pelo contrário, faz com que ele fique muito mais agradável sem aquele excesso de doce. Em resumo, eu achei perfeito! Pena que não tem um preço acessível.
            Foi um sucesso esse vinho no final do jantar no Restaurante Dio Cucina em Fortaleza. Todos gostaram do vinho, principalmente as mulheres Fernanda (minha esposa) e a Cristiane (esposa do Marcus). Só lamentaram ser uma garrafa de apenas 500ml.
            Este espanhol está maravilhoso! Vale a pena conferir! É um vinho diferente, nunca tomei nada parecido, principalmente com esse final seco. É um vinho doce que você bebe o quanto quizer e não enjôa.

Finca La Celia Supremo 2006


Vinho :  Finca La Celia Supremo
Tipo : Tinto Seco
Safra : 2006
País : Argentina
Região : Vale do Uco; Mendoza.
Produtor : Finca La Célia
Castas : 35% Malbec, 28% Cabernet Sauvignon, 23% Syrah, 10% Merlot, 3% Cabernet Franc, 1% Petit Verdot
Graduação : 14,4%
Onde Comprar : Brava Bebidas (Fortaleza-CE)
Preço : R$ 160,00

              A Bodega La Celia localizada no Vale do Uco - região de Mendoza, tem no Supremo o seu vinho top. Maturado 24 meses em barricas novas de carvalho francês, este blend é o orgulho da Bodega.
              Cor vermelho rubi intenso, lágrimas bem abundantes. No olfato sentimos baunilha, côco, cedro, chocolate e frutas vermelhas maduras. Sentimos também pimenta, pão torrado e café. Como vimos, é muito complexo no nariz. Na boca, encorpado e elegante, taninos suaves, retrogosto persistente e excelente final de boca. Um vinho pra ser bebido meditando, sem pressa, uma jóia realmente.
              Harmoniza muito bem com uma carne vermelha mau passada, um coq au vin e até mesmo uma pizza a quatro queijos. Eu tomei esse vinho com um pernil de carneiro ao forno e ele se comportou muito bem.
              Aprovei e indico o Supremo. Você pode adquiri-lo na Brava Bebidas. É só falar com o André Linheiro, que ele entrega onde você estiver. Um abraço ao grande André, e parabéns pelo excelente exemplar argentino.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas 2007



Vinho : Quinta do Crasto Reserva Vinhas Velhas
Tipo : Tinto Seco
Safra : 2007
País : Portugal
Região : Douro
Produtor : Quinta do Crasto
Castas : Cerca de 30 castas diferentes
Graduação : 14,5%
Onde Comprar : Padaria D´Litália (Fortaleza) R$150,00
Free Shoping Lisboa 25,00 Euros


               
                     Quinta do Crasto Reserva 2007, estagiou 85% em barricas de carvalho francês e 15% em carvalho americano por 16 meses. Tem uma cor vermelho granada com tons violáceos, lágrimas abundantes e lentas. É um vinho vinho bem viscoso. Aromas complexos de frutas vermelhas maduras, compotas, baunilha. Nos remete também a chocolate, avelã e compotas de ameixa. Na boca, elegante, apesar de novo, álcool bem integrado, taninos macios e agradáveis. Mesmo com 14,5% de álcool é muito redondo, o álccol realmente não incomoda. Na primeira taça sentimos um pouco do álcool, mas, logo em seguida, ficou perfeito. Um caldo que não pede comida. Podemos tomá-lo só, sem harmonizações.
                     Pra acompanhar acendi um charuto Italiano de nome Toscano Antico.  A harmonização foi perfeita. É o mesmo charuto que estou fumando na foto oficial do blog. Esse charuto é bom e barato. Custa seis euros a caixa com cinco, e sempre que posso compro ou peço alguém pra trazer. Portanto, para os que curtem um charutinho, fica a dica.
PS. Quem me indicou esse charuto foi o Gabriel, um amigo brasileiro que mora em Paris. Esposo da Lucinha, também brasileira, que nos recebeu muitíssimo bem quando estivemos por lá curtindo férias.         

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Triennes St. Auguste 1999


Vinho : Triennes St. Augute
Tipo : Tinto Seco
Safra : 1999
País : França
Região : Provence ( Sul da França)
Produtor : Domaine de Triennes
Castas : Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah
Graduação : 13,5%
Onde Comprar : Expand Fortaleza.
Preço : R$ 186,00

                             Um vinho bastante evoluído, inteiro, redondo, macio, simplesmente maravilhoso. Cor vermelho terracota com halo marron, lágrimas abundantes e lentas. Seus aromas nos remetem a tostados, café, couro, estábulo, cedro, pimenta e cravo. Na boca, maravilhoso, taninos suaves, bem amadurecidos, não sentimos o álcool, retrogosto demorado e final bem elegante e longo.
                              Como vimos, é um francês redondo na visão, no olfato e no paladar. Encontrei esse vinho na Expand de Fortaleza, e confesso que quando comprei não acreditava ser um vinho tão estruturado assim. Cheguei mesmo a desconfiar que podia estar oxidado. Foi uma surpresa bastante agradável.
                              Harmonizamos essa  jóia com costelas de carneiro ao forno. O vinho combinou muito bem com o prato. Temos que ter cuidado na hora de harmonizar com esses vinhos muito evoluídos, pois muitas vezes eles são mais frágeis do que imaginamos e podem ser superados pelo prato.
PS. A costela de carneiro veio do Bar Alpendre, na minha opinião, o bar com melhor tiragosto de Fortaleza. No comando, o amigo Domingos e seu filho Paulo. Um abraço para os proprietários do Alpendre.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

EA 2008


Vinho : EA
Tipo: Tinto
Safra : 2008
País : Portugal
Região : Alentejo
Produtor : Fundação Eugênio de Almeida
Castas : Aragonez, Trincadeira, Castelão, Alicante Bouschet
Graduação : 13,5%
Onde Comprar : Adega Portuguesa (Fortaleza)


                    Sua cor vermelho púrpura com halo violáceo evidencia toda sua jovialidade. Aromas herbáceos, terra molhada, frutas vermelhas, café. Senti também um pouco de pão torrado. Na boca, no início alcoólico, mas com o passar do tempo evoluiu , ficando  mais agradável. Acidez equilibrada com final não muito longo. Taninos um pouco evidentes no final, talvez por ser ainda jovem. Acho que  esperando  um ou dois anos esses taninos fiquem mais suaves. Apesar disso, dá perfeitamente pra se beber, sem maiores dissabores.
                     Muita gente não gosta desse termo, mas, eu diria que esse é um vinho para o dia a dia. Não é um português excepcional mas é agradável. Cabe muito bem com uma bela pizza, uma massa com molho de tomate e até mesmo um bacalhau.
                     O confrade Fernando Monte levou esse português para a nossa confraria. Foi uma bela degustação, todos gostaram e aprovaram. O nosso EA 2008, não é um Cartuxa mas tem o seu devido valor.