sábado, 30 de outubro de 2010

Palo Alto Reserva 2008


Vinho : Palo Alto Reserva
Safra : 2008
Tipo : Tinto Seco
País : Chile
Região : Maule Valle
Produtor : Viña Palo Auto (Concha e Toro)
Casta : 60% cabernet sauvignon,25% carmenere e 15% syrah.
Graduação : 13,5%
Onde Comprar : Pão de Açucar
Preço : R$ 40,00


                      A Vinha Palo Alto nasceu em 2006, no Vale do Maule. Na ocasião, foi criado seu primeiro vinho, o Palo Alto Reserva. Um blend de três fantásticas uvas : cabernet sauvignon, camenere e syrah. Hoje essa vinícula trabalha apenas com três vinhos, esse tinto que falaremos a seguir, um branco (Savignon Blanc) e um rosê (Syrah, Merlot). Com isso simplificaram o processo de seleção produzindo poucos vinhos. Um conceito interessante que vem dando muito certo.
                      Palo Alto Reserva 2008 se apresentou com uma cor rubi com halo terracota, lágrimas bem viscosas na taça e abundantes. Seus aromas impressionam pela complexidade. Logo no primeiro impacto muito pimentão verde, herbáceo, com a evolução na taça podemos sentir frutas vermelhas (morango), ameixa em caldas e por fim toques de couro, tabaco e café. Na boca, elegantíssimo, macio, preenche toda a boca. Lembra muito chocolate meio amargo. Acidez bastante equilibrada e taninos bem integrados com o álcool. Final de boca com boa persistência. Por falar em álcool quase não se nota em boca.
                      Esse vinho foi levado pelo confrade Claudionor para a confraria das terças no restaurante Divina Comida (local da confraria, em Fortaleza) e foi o campeão da noite. Junto com o Palo Alto, avaliamos também um espanhol e um exemplar da Nova Zelândia, mas o chileno ganhou em todos os quesitos, inclusive no preço. É ... Falar de relação custo benefício e não falar desse de Palo Alto Reserva 2008 é cometer uma grande injustiça.
                     A harmonização foi uma codorna grelhada, muito bem feita. Ah! Por falar em codorna, a do Divina Comida na minha opinião é a melhor de Fortaleza, sempre prefiro esse acompanhamento nas hamonizações com cabernet chilenos.
PS. Quero deixar meus agradecimento ao gentil e prestativo João, garçon que adotou nossa confraria e sempre nos trata muito bem. O joão também é responsável pelo preparo das mesas, cuida das nossas taças e do nosso decanter como se fossem dele. Um grande abraço a esse cara que realmente faz a diferença.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Falando de Châteauneuf-du-Pape...

   


      O Rhône é a faixa de vinhedos que separa o Beaujolais da costa sul do Mediterrâneo e suas praias, e é dividido em duas regiões: Rhône do Norte e o Rhône do Sul que termina em Avignon.
      Châteauneuf-du-Pape é o grande nome do sul, vinhedo localizado nas imediações de Avignon, ligado à história da Igreja, porque abriga um castelo que foi utilizado como residência de verão para os papas por volta dos séculos XII e XIV, quando questões políticas em Roma obrigaram a transferência da direção da igreja da Itália para a França. Essa ligação foi importante para o vinho da região, sobretudo sob o papado de Clemente V ( arcebispo de Bordeaux ) e João XXII, já que se tratavam de grandes conhecedores de vinhos.
      O clima da região é mediterrâneo, e os solos, pedregosos, constituidos por pedras grandes e roliças com formato de ovo de pato, que são a marca registrada da região. As pedras retêm o calor do sol durante o dia, irradiando de volta à noite, contribuindo para a perfeita e lenta maturação do fruto.
      O resultado é um vinho de coloração intensa, aroma potente, complexo e muito estruturado, robusto de corpo, com o teor alcoólico variando entre 14% e 15%. Apesar de toda esta força, é muito equilibrado, harmônico e macio. Um vinho sedoso, que dar a impressão de encher toda a boca.
       As uvas permitidas para se fazer um Châteauneuf-du-pape são 13, e cada produtor tem sua receita. Pouquíssimos produtores têm em seus vinhedos as 13 cepas. A maioria prefere ficar só com as principais. Na prática há um domínio da Grenache em torno de 60 a 80%. Tem um grande potencial alcoólico mas, é deficiente na cor atributo compensado pela Syrah. Também podem entrar na composição as uvas: Cinsault, Mourvèdre, Counoise, Clairette, Bourboulenc, Picpoul, Terret Noir, Vaccarèse, Muscardin, e Picardan. Uma mistura de tintas e brancas, as últimas para dar mais leveza, tornando o vinho menos austero na juventude.
      Com seus 3200ha, sem dúvida, o mais conhecido e discutido das Côtes du Rhône Méridionales, produz um vinho difícil de classificar, com exemplares excepcionais nos bons anos e medíocres em anos difíceis.
       Para se beber um bom Châteauneuf-du-Pape o importante é ir pelo produtor, assim fica bem mais difícil de errar. Portanto passo para os leitores alguns dos principais produtores do Rhône Setentrional : Château de Beauscastel, Château Rayas, Château Mont-Redon, Domaine du Vieux Télégraphe, Château La Nerthe, Guigal, Chapoutier e Jaboulet. Como vimos a dica pra se tomar um bom Châteauneuf-du-Pape é seguir e escolher o vinho pelo produtor, assim você não leva gato por lebre.
     Os tintos de melhor qualidade precisam envelhecer de quatro a seis anos e duram bem mais. Os mais comuns são mais leves, frutados, podem ser provados depois de três ou quatro anos e não duram muito.
      Agora é com vocês! Procurem um Châteauneuf-du-Pape de bom custo benefício (de olho sempre no produtor) e comprove o que está escrito acima.
  

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sibaris Reserva Especial Chardonay 2008


Vinho : Sibaris Reserva Especial Chardonay
Tipo : Branco
Safra : 2008
País : Chile
Região : Vale do Maipo
Produtor : Bodega Undurraga
Casta : 100% Chardonay
Graduação : 14%
Onde Comprar : www.sociedadedamesa.com.br
Preço : R$ 40,00

                     Vinho elaborado na Bodega Undurraga, mais precisamente no Fundo Santa Ana, Talagante, Vale do Maipo. Fermentado em cubas de aço inox e em barris de carvalho francês e americano, este vinho permanece por mais 9 meses em barricas até ser colocado no mercado. Como vocês notam é um chardonay barricado. Eu particularmente gosto muito deste tipo de vinho, portanto, me policiarei na avaliação para não pecar por excesso.
                      Cor amarelo palha, com lágrimas grossas, abundantes e lentas. Esse chileno tem aromas de pêssego, abacaxi em caldas, mel, pão torrado, pipoca e um pouco de manteiga.. Na boca bem elegante, viscoso, aveludado, bem volumoso e com acidez muito equilibrada. Amarga um pouco no final mas, quando se bebe junto com um filé grelhado de pescada amarela, esse amargor do final vai todo embora. É... Foi isso mesmo... Harmonizei esse branco com um belo filé de peixe grelhado com azeite e alcaparras.
                      Mais um belo exemplar chileno barricado de uva chardonay, agradável e de preço bastante honesto. Aprovei e indico aos amigos leitores.
                            

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Trapiche Medalla 2005


Vinho : Trapiche Medalla
Tipo : Tinto
Safra : 2005
País : Argentina
Região : Maipú (Mendoza)
Produtor : Bodega Trapiche
Casta : 100% Cabernet Sauvignon
Graduação : 14,5%
Onde Comprar : http://www.wine.com.br/
Preço : R$ 90,00

            Com uvas de vinhas de 45 anos de idade situadas em Cruz de Piedra, Maipú, Mendoza - esse vinho, no seu processo de produção, é fermentado em pequenos tanques de concreto por um período mínimo de 25 dias, com temperatura variando entre 23 a 25 graus centígrados e maturado 18 meses em barricas de carvalho francês.
              Vermelho rubi com halo terracota, lágrimas bem abundantes, bastante viscoso no copo. Aromas de frutas vermelhas compotadas, chocolate, notas de especiarias tipo pimenta, tabaco e couro. Preenche toda boca, um pouco adocicado no primeiro ataque. Depois prevalece a acidez ficando bem equilibrado e elegante. Final de boca longo com retrogosto bem demorado, inteiro e macio do começo ao fim. Taninos bem educados e muito integrados com o álcool, que apesar dos 14,5% não incomodam em nenhum momento. Chama bem atenção pelo sabor de chocolate meio amargo. Um cabernet sauvignon argentino, segundo o Alexandre Fialho (acaviano que abriu o vinho), bem redondo sem aquela agressividade do cabernet chileno. É isso mesmo, um vinho diferenciado, aprovei e indico.
               Esse vinho foi aberto pelo amigo acaviano Alexandre Fialho, na casa do Sílvio Fiúza, excelente anfitrião. Minha família foi muitíssimo bem recebida pelos amigos. Uma bela tarde noite de domingo, belos vinhos, comida fantástica, agradáveis e educadas companhias. Parabéns ao Alexandre pelo belíssimo caldo, ao Sílvio pela bela casa e ao Marcos Fiúza pelo grande papo.
               A comida, foi um filé ao milho de shimeshi com arroz branco, muito bem feito pelo dono da casa (Sílvio). Antes disso, saboreamos carangueijo, lagosta, bolinhos de arroz, tudo feito com o maior capricho.
PS: É claro que não posso esquecer as esposas dos amigos ( Lia e Paula) pela grande acolhida que proporcionaram a minha esposa e minhas filhas.
Ah! Tudo isso aconteceu sob um grande cenário à beira mar na bonita casa do amigo Sílvio no Beach Park. Campeão faz o que mesmo?! KKKKK !!!

   

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Trapiche ISCAY 2006

Vinho : Iscay
Tipo : Tinto
Safra : 2006
Pais : Argentina
Região : Vale do Uco (Mendoza)
Produtor : Bodega Trapiche
Castas : 50% Merlot, 50% Malbec
Graduação : 14,5%
Onde Comprar : Brasil Bebidas (Fortaleza-CE)
Preço :

                   Iscay na linguagen inca significa dois. Duas belas castas que juntas dão origem a esse grande vinho, um dos expoentes da Bodega Trapiche. O enólogo Artur Azevedo numa passagen por aqui em Fortaleza comentou e fex muitos elogios a este caldo portenho. Resolvi comprar para degustá-lo.
                   Numa rápida passagem na Brasil Bebidas, aqui mesmo em Fortaleza, fiquei surpreso ao me deparar com o vinho que há muito, vinha procurando.
                   Cor vermelho rubi com halo violáceo, demonstrando toda a jovialidade e potência da malbec. Lágrimas bem lentas e em grande quantidade. Aromas de morango, amora, nota-se também pimenta, cedro, tostados ( pão e café ). Bem complexo e elegante no nariz. Na boca, um pouco alcoólico no primeiro impacto. Após a segunda taça, tudo fica mais elegante e macio. Detalhe: não decantei o vinho, o que pela lógica, se tivesse decantado não teria sentido esse álcool no primeiro gole. Acidez bem agadável, final de boca equilibrado e longo. Realmente um vinho pra se beber e indicar aos amigos sem medo de errar.
                    Esse vinho pede, um filé ao molho de funghi, carneiro assado e até mesmo uma codorna grelhada. Esse eu indico muito.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Luigi Bosca Reserva Chardonay 2008


Vinho : Luigi Bosca Reserva
Tipo : Branco
Safra : 2008
País : Argentina
Região : Mendoza
Produtor :Bodega Luigi Bosca
Casta : 100% Chardonay
Graduação : 14%
Onde Comprar : Decanter
Preço : R$60,00

                Este vinho amadurece 06 meses em barricas novas de carvalho francês e permanece evoluindo em garrafa na bodega por mais 03 meses, até ser colocado pra consumo.
                Tem uma cor dourada quase topásio, é límpido e cristalino. Lágrimas grossas, lentas e abundantes. Aromas de abacaxi em caldas, pêra madura, mel e baunilha. Muito elegante no nariz. Na boca um ataque surpreendente, ligeiramente adocidado no início, em seguida bem amplo, macio, acidez na medida, final longo e agradável.
                Luigi Bosca Reserva 2008, um vinho branco muito bem elaborado, que harmoniza perfeitamente com frutos do mar ou com um bom bacalhau. Quer saber, o espetinho de lagosta com molho de ervas do restaurante Vojnilô fica perfeito com esse branco.
                Outro dia fui ao Restaurante Tilápia do Chefe Valdir e levei esse branco. Na companhia dos amigos acavianos Alexandre Fialho e o Serginho, degustamos esse caldo portenho com uma tilápia a milanesa recheada com camarão, muito bem preparada pelo Validir. Detalhe, elegantemente o Valdir não nos cobrou rolha. Um grande abraço para todo o pessoal que faz o Restaurante Tilápia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Catena Malbec 2007


Vinho : Catena
Tipo : Tinto
Safra : 2007
País : Argentina
Região : Mendoza
Produtor : Catena Zapata
Casta : Malbec
Graduação : 13,5%
Onde Comprar : Padaria Empório do Trigo (Fortaleza)
Preço : R$62,00

               Catena Malbec 2007, amadurece 12 meses em barricas de carvalho francês, 20% novas e barricas de carvalho americano, sendo 30% novas. É um excelente custo benefício, um malbec argentino pontuado por Robert Parker na sua safra 2005 com 91 pontos. Um feito supreendente para um vinho deste preço.
               Cor vermelho rubi com halo violáceo, ainda novo mais elegante. Aromas defumados, pão tostado, café, frutas negras tipo amora e ameixa. Na boca, surpreendente na elegância, pois,em se tratando de um malbec achei que fosse mais agressivo. Macio, redondo, taninos bem suaves, acidez bem integrada com o álcool, final de boca longo e agradável. Esse eu aprovei e indico.
                Tomei este vinho duas vezes, a primeira na churrascaria Sal e Brasa e a segunda no restaurante Villa Alexandrini na companhia dos amigos Cássio Cortez, grande cirurgião oncológico, sua amada Marília e minha mulher Fernanda. Foi um belo jantar.
PS: Na Mistral(São Paulo) custa R$47,00.