quarta-feira, 30 de junho de 2010

Quinta do Porto Ferreira Tawny 10 anos



Vinho : Porto Quinta do Porto Tawny 10 anos
Tipo : Tinto
Produtor : Ferreira / Sogrape
País : Portugal
Região : Douro ( Quintas do Porto, Pinhão e Cima Corgo)
Castas : T. Franca, T Nacional, Tinta Barroca, Tinta Roriz, Tinta Cão e Tinta Amarela.
Graduação : 20 % Vol.
Preço : 20 Euros ( Free Shoping Lisboa)

       Domingo no pós almoço, depois da fatídica vitória da Argentina sobre o México com um gol do Carlito Teves, o lindão, em completo impedimento, resolvi abrir um Porto para melhorar o humor.
       Presenteado pelo amigo Eduardo Stênio este Porto Tawny 10 anos é tudo de bom. É um vinho com indicação de idade, significa dizer que existe um perfeito equilíbrio entre a natureza do Douro e a mão do homem.
       Apresenta-se com uma cor típica de um tawny, com nuances avermelhados. Aromas florais, nos remete também a frutos maduros, os fruto secos evidenciam a passagem em madeira. Na boca apesar dos 20% de álcool, nota-se muito frescor, um equilíbrio muito bom, tanto no corpo como no final de boca.
      Eu diria que deu pra esquecer os erros do trio de arbitragem no jogo México e Argentina, principalmente quando escolhemos pra acompanhar esse Porto uma barra de chocolate ao leite KARLFAZER. Este chocolate de origem finlandesa é realmente uma delícia e caiu como uma luva na harmonização com este Tawny 10 anos. Todos que degustaram gostaram muito, principalmente as mulheres, dentre elas a minha cunhada Geovânia que saiu com as orelhas em chamas de tanto degustar vinho do Porto com chocalate.
PS. O chocolate foi indicação do amigo Rodolfo (Astra Zeneca), que por ocasião do Congresso Europeu de Anestesia em Helsinque, nos deu essa dica magnífica,.Confesso que nunca tinha ouvido falar no produto. É realmente uma delícia. Um abraço para o Rodolfo, obrigado pela dica do chocolate. Para o Stênio fica o agradecimento pelo o excelente vinho.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Larentis Pinotage 2004



Vinho: Larentis
Tipo: Tinto
Safra: 2004
País: Brasil
Região: Vale dos Vinhedos / RS
Produtor: Família Larentis
Castas: 100% Pinotage
Graduação : 12% Vol
Preço: R$ 20,00
Onde Comprar: http://www.vinhosnet.com.br/


A Família Larentis emigrada dos Alpes em 1876, escolheu o Vale dos Vinhedos para se estabelecer no Brasil e  vêm a três gerações na arte de fazer vinhos em sua Vinícola Villaggio Larentis. Foi a primeira vinícola a obter o selo de indicação de procedência do Vale dos Vinhedos.

     Hoje falaremos do Larentis 2004, um vinho de uva pinotage, casta que originou-se do cruzamento genético da Pinot Noir com a Cinsaut, realizado em 1925 pelo Prof.  Abraham  Perold  na Universidade de Stellenbosh, na África do Sul. Chmada de hermitage na África do Sul, é uma uva totalmente diferente das sua genitoras. No sul da França proporciona vinhos frutados, leves, de consumo rápido, com toques meio adocicados. Este exemplar brasileiro é mais concentrado, sendo um pouco diferente dos franceses.

     Este vinho foi um dos vinhos degustados pela confraria das terças no mês de junho. Levado pelo meu primo e amigo Werton Lôbo, que ganhou de presente de um paciente no natal do ano passado.Cor marron escuro quase telha, demonstrando evolução apesar de ter apenas 06 anos de garrafa. Longe de ser um vinho de guarda, talvez esteja no limite. Aroma de frutas vermelhas, senti muito café torrado, parecia adocicado,  não tinha muita complexidade mas agradava. Na boca macio, taninos suaves, mas com uma passagem rápida pela boca, não impressiona muito.

     Achei que esse vinho desconhecido fosse ser muito desagradável mas, foi uma bela surpresa, é claro que não tem lá muita complexidade, mas pra tomar comendo uma bela pizza de calabresa, ou mesmo uma marguerita cai muito bem. Ah! Tem mais, nesse preço não dá pra querer muito mais do que isso. É de fato e de direito um excelente custo benefício.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Incógnito Cortes de Cima 2005



Vinho : Incógnito
Tipo : Tinto
Safra : 2005
Castas : 100% Syrah
Graduação : 14,5% Vol.
País : Portugal
Região : Alentejo
Produtor : Cortes de Cima
Preço : 80,00 Euros (Restaurante Sete Mares- Lisboa)

     Hanns e Carrie Jorgensen viram Cortes de Cima pela primeira vez em 1988, foi amor a primeira vista. Carrie achou a paisagem muito parecida com a da sua Califórnia e o clima mediterrâneo bem diferente da fria Dinamarca, foi o que encantou o dinamarquês Hanns. Começaram a fazer coisas diferentes, plantar uvas tintas em uma região tradicionalmente de brancas. Assim, cultivaram a uva Syrah, nessa altura ainda não aprovada pela denominação de origem. Em 1998, quando engarrafaram o primeiro monocasta Syrah, tiveram problemas na escolha do seu rótulo, uma vez que a casta ainda não estava autarizada na produção de vinho regional. Como não podiam estampar o nome da casta no rótulo, chamaram-no de INCÓGNITO.
    Bom, dicas a parte vamos aos goles ou seja, partir para avaliação do vinho. Estava curioso para degustar este ícone português. Foi no dia 10 de junho de 2010, feriado em Portugal, dia de Camões, que tivemos a oportunidade de nos encontrar com esta jóia. Em passagem por Lisboa devido a uma escala demorada, cerca de 12horas, resolvi ir para um hotel e almoçar no Restaurante Sete Mares. Este restaurante fica bem próximo do Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, próximo ao Novotel.
    Ao chegarmos no Sete Mares pedimos a carta de vinhos e estava lá ele, um preço um pouco salgado, mas como não sou homem de quantidade e sim qualidade, não tergirversei, solicitei logo ao  garçon uma garrafa de Incónito 2005 e uma água com gás.
    Um vinho de cor intensa com tonalidade violeta. No aroma se revela com ameixa e frutas vermelhas em calda, café, pão tostado, pimenta, até mesmo um pouco de menta e notas de couro. Apresenta-se elegante e poderoso no palato, sabores de frutas negras,chocolate, taninos evidentes porém damados pelos 08 meses em barricas de carvalho francês. Não se nota muito o álcool, apesar dos 14,5%, o que demonstra todo seu equilíbrio em boca com retrogosto bastante demorado.
    Valeu a pena esperar, é realmente um vinho emblemático. Pra harmonizar pedi inicalmente presunto pata negra, pão e azeite extra virgem português. A dúvida era se pedía um bacalhau como prato principal, tinha medo do vinho ofuscar o brilho do bacalhau. Acabei por pedir um bacalhau grelhado com batatas, cebola e azeite (foto) foi divino, o nosso prato aguentou bem esse carnudo e aveludado sirah português.
   Pra terminar, uma bela taça de vinho do porto Quinta do Crasto LBV 2004 e um café expresso. Depois disso, voltamos ao hotel e tiramos uma bela soneca aguardando o vôo das 22 horas pra Helsinque (Finlândia), onde fui participar do Congresso Europeu de Anestesiologia 2010. Atualizar um pouquinho é sempre bom !
  PS. Infelizmente tive que tomar sozinho essa garrafa. Quer saber? Achei ótimo.
Você acertaria também na harmonização se os pratos fossem, um pernil de cordeiro, um carret ou mesmo uma bela codorna.

domingo, 20 de junho de 2010

Estônia, capital Talinn.



     Localizada no Nordeste da Europa a Estônia tem como capital a bela cidade medieval de Talinn. Patrimônio mundial da UNESCO é uma jóia da arquitetura medieval. Geograficamente a Estônia situa-se no mar Báltico ao Sul do Golfo da Finlândia. Possui cerca de 800 ilhas e uma área de 45.000 km quadrados.
     Esteve ao longo dos anos sob o domínio Russo e Sueco, obtendo sua independência definitiva em 1991 e em 1992 suas primeiras eleições presidencias. Tem como regime político o parlamentarismo e é uma república multipartidária.
     A Estônia tem sua ligações étnicas com os finladeses e os lapões. O país tem ligações históricas e culturais com os paises nórdicos, particularmente, a  Finlândia, Suécia e Dinamarca. É o mais sententrional dos paises Bálticos.
      Caminhando pelas ruas apertadas e tortuosas do centro hitórico de Talinn (capital) podemos  regressar ao passado tal o estado de conservação dos edifícios e monumentos dos séculos passados.
      Quanto a gastronomia,  é muito influenciada pelos vizinhos mais poderosos, ou seja, Dinamarca, Alemanha, Suécia, Polônia e Rússia. De entrada destacam-se as sopas e pratos de carne com legumes, como pratos principais destacan-se enguias marinadas, carne de porco, chucrute, pão de cevada. Tivemos a satisfação de provar, carne de urso, alce e javalí ,todas assadas. Pra beber se destacam a cerveja local, provei e gostei, e a vódica. Sobre os vinhos, existe um vinho local de nome Hoogvein, é um vinho tinto.  Não tive a chance de degusta-lo, pois no restaurante que fui não tinha na carta e passamos pouco tempo em Talinn. Chegamos pela manhã e voltamos pra Helsinque à noite de barco.
     Sobre a carne de urso, o que temos a dizer é que é uma carne forte, gosto pronunciado e permanente, tenra, textura de carne de gado com sabor mais forte. Pede um vinho encorpado, no cardápio do restaurante que fomos eles indicavam um Amarone para hamonizar, pela dica nota-se como a carne é forte. Seguimos o conselho e nos demos muito bem.
PS. A foto é do portão nas muralhas de Talinn, esse que aparece de costas de casaco marron é o amigo Dr. João Abrão, coodernador do serviço de anestesiologia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Um grande amigo que fiz nessa viagem, uma pessoa extremamente educada, um excelente companheiro de viagem.  Um vovô apaixonado. Ajudei-o a escolher um presente para a sua netinha. Um grande abraço ao amigo João Abrão !

sexta-feira, 18 de junho de 2010

De Volta da Estônia.

                                                
         Olá amigos, estive uma semana ausente sem publicar no Blog, mas foi por um motivo justo. Passei uma semana em Helsink na Finlândia, fomos participar do Congresso Europeu de Anestesiologia, afinal de contas o meu ganha pão é anestesiologia, a enogastronomia por enquanto é apenas um hobby. Assim,  ficou muito corrido pra eu parar e postar alguma coisa. Estivemos também um dia em Talinn, capital da Estônia.
           Foram experiências enograstronômicas curiosas com vinhos tintos e brancos. Harmonizações com carne de urso e alce na cidade de Talinn na Estônia e carne de rena em Helsink.
    Só pra adiantar foi muito vinho italiano e francês. Ah! Foram pricipalmente vinhos do Vêneto e da Alsácia.
           Foto (01) temos, da esquerda pra direita, Marcelo flamenguista de Sampa, Eu do Ceará, Nágila de Recife, Bagatine de Passo Fundo RS, Marquinhos de Aracajú, Rodolfo de Sampa e a Esposa do Cadu presidente da SBA ( Sociedade Brasileira de Anestesiologia).
          Foto (02) acima temos mais alguns dos amigos brasileiros que compartilharam essa inédita experiência. Da esquerda pra direita; Marquinho de Aracajú, Rodolfo de Sampa, Nágila de Recife, Leandro de Botucatu, João Abrão de Ribeirão, o Hugo e esposa de Salvador. Aos amigos um grande abraço, belas recordações, ótimas risadas, foram realmente momentos inesquecíveis despertam saudades.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quinta do Seival Castas Portuguesas 2006






Vinho: Quinta do Seival Castas Portuguesas
Tipo : Tinto
Safra : 2006
País : Brasil
Região : Campanha Gaúcha / RS
Castas : Touriga Nacional, Alfrocheiro e Tinta Roriz
Preço : R$ 36,00
Onde Comprar : http://www.sociedadedamesa.com.br/



        Seleção do mês da Sociedade da Mesa, este vinho nacional da Miolo, é mais uma grata surpresa. Sua cor vai do vermelho rubi intenso ao púrpura. Quintal do Seival Castas Portuguesas tem um aroma adocicado de frutas em compota, morango, figo, ameixa, passas, também evidencia alguns aromas terciários de café e pão torrados e um pouco de couro. Tem estágio de 12 mêses em barricas novas de carvalho francês, isso faz dele um vinho macio e carnudo, apesar dos 14%Vol de álcool. Percebe-se pouco o álcool, tanto no nariz quanto na boca. A madeira soube muito bem domar a Tinta Roriz que compõe essa assemblage. Nota-se na boca muita fruta, longe de ser aquele vinho cansativo com gosto de guarda-roupa, só madeira. Tem um final de boca persistente com taninos presentes mas, muito palatáveis, mostrando que pode evoluir mais um pouco.
             Degustamos este excelente custo benefício na Praia das Flexeiras, na casa do amigo Marcus Borges. A harmonização foi um belo filé ao funghi e um parpadelli a bolonhesa. Foi muito bem. Acho que esse vinho vai bem com quase tudo que combina com  vinho tinto ou seja; confit de canard, pernil de carneiro, leitão assado, queijos maduros, etc.... Se quizer beba-o só, pois não é um vinho que pede comida, o que demonstra a sua maciez.
              Levei também o Miolo Castas Portuguesas para a confraria das terças, foi muito elogiado pelo Fernando Monte e pelo o Werton, que demoraram pra acreditar que era um vinho nacional e ficaram encantados com o preço.
              Em resumo, é um vinho eclético, barato, fácil de beber.  Alguns acham que já está no ponto certo. Eu acho que ainda pode evoluir mais, pelo menos uns quatro anos em garrafa. O difícil é olhar pra ele na adega e esperar três a quatro anos. Muitas vezes, é uma missão impossível.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Miolo Fortaleza do Seival Vionigner 2008

Vinho: Miolo Fortaleza do Seival Vionigner
Tipo: Branco
Safra: 2008
País: Brasil
Região: Campanha Gaúcha / RS
Produtor: Miolo Wine Group
Casta: 100% Vionigner
Preço: R$ 24,29
Onde Comprar: http://www.vinhos.net.com.br/

    Quando li no site Enoeventos a indicação do Alexandre Lalas de melhor custo benefício de 2009 para este vinho, fiquei ansioso pra prová-lo. Logo fui a internet e fiz a pesquisa de preço... Acabei comprando 06 garrafas no site vinhos.net por um preço bastante razoável. As coisas começavam a se desenhar rumo ao que tinha sido escrito pelo Lalas.
    Aguardei alguns dias e quando fui convidado pelo amigo Marcos Bandeira pra passar um final de semana na sua belíssima casa à beira da Lagoa do Uruaú (Beberibe-CE), resolvi levar duas garrafas, já imaginando degustá-las à beira da piscina, pois esse nosso clima do Ceará pede o frescor de um branco.
   Cor amarelo palha com reflexos esverdeados, no nariz floral, aromático, abacaxi, damasco, pêssego. Na boca equilibrado, jovem, fresco, mineral, retrogosto persistente, muito agradável. Bastante elogiado pelo dono da casa. Para harmonizar foi servido um camarão natural com azeite e toques de limão e lagosta no bafo. Foi muito bem com as duas entradas.
    Pra mim não foi surpresa, pois já tinha lido os comentários sobre o vinho, mas para os demais participantes da mesa foi uma bela surpresa, eles não acreditavam que era um branco nacional.
    Será preconceito ou falta de informação sobre a evolução do vinho nacional ?
PS. Excelente custo benefício foi a frase mais falada durante o final de semana. Coisa rara em se tratando do vinho nacional.