segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Château Fleur de Jean Gué Réserve 2002


Vinho: Chateau Fleur de Jean Gué Reserva
Tipo : Tinto
Safra : 2002
País : França
Região :Lalande de Pomerol
Produtor : Família Verdrenne
Castas : Merlot, cabernet franc
Onde Comprar : Parque Recreio (Fortaleza-CE)
Preço: R$ 70,00

                 Chateau Fleur de Jean Gué Reserva 2002, cor vermelho terracota com halo marron claro quase laranja, lágimas lentas, viscosas e abundantes. No nariz está perfeito, aromas de couro, tabaco, estábulo, café e especiarias. Na boca muito equilibrado, taninos maduros, acidez na medida certa, final de boca longo e agradável, lembrando chocolate meio amargo e café. Realmente uma delícia de caldo, muito elegante. É um vinho que impõe uma certa força, uma personalidade forte, sem jamais ser austero.
                 Uma frase resumiria esse vinhaço: Um Bordeaux da margem direita, evoluído,  prontíssimo pra ser degustado, complexo nos aromas e perfeito no paladar.
                 Degustamos esse vinho na confraria das terças e harmonizamos com uma carne de sol. Posso abrir meu coração? Ele merece muito mais do que uma simples carne de sol, talvez uma picanha de pato ou um belo carneiro ao forno ficariam bem melhor.
                 Quero parabenizar ao Parque Recreio, na pessoa do amigo acaviano Paulo Elias pela importação desse belíssimo vinho com um preço bastante honesto. O Paulo vem fazendo um esforço hercúleo para trazer a nós cearenses grandes rótulos a preços bastante convidativos.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Nem só de goles vive o enófilo. Ele também precisa de dicas.



  Quando vou ao Rio, tenho como principal programa a cominhada pelas ruas do Leblon e Ipanema. Entre uma loja e outra, um barzinho e outro, termino sempre passando a maior parte da manhã na Livraria Travessa da Visconde de Pirajá. Lá me realizo olhando sempre as novidades do mundo da enologia.
     Dessa última viagem adquiri um livro bem interessante tanto para leigos, quanto para os mais entendidos: A experiência do gosto, que é uma coletânea dos artigos editados pelo colunista Jorge Lucki  no Jornal Valor Econômico ao longo de dez anos. Os textos foram analisados, separados por temas, atualizados e em seguida publicados pela editora Companhias das Letras.
    O fato é que ao témino de tudo ficou uma obra bem interessante, abrangente, com textos rápidos e de fácil leitura. Uma linguagem clara, aberta, de explicações resumidas e convincentes. Um livro pra você ter na cabeceira e toda noite ao deitar ler três ou quatro artigos, na intensão de que ele não acabe logo.
    A meu juizo, não é vinho mas é um livro muito fácil de beber. Esse eu aprovei e indico muito. Parabéns ao autor pela belíssima obra. Uma maneira bem diferente e prazerosa de compartilhar seu conhecimento sobre vinhos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Vega Saúco Crianza 2005


Vinho : Vega Saúco Piedras Crianza
Tipo : Tinto seco
Safra : 2005
País : Espanha
Região : Toro
Produtor : Bodega Vega Saúco
Casta : 100% Tempranillo ( Tinta de Toro)
Graduação : 14%
Onde Comprar : Ravin ( http://www.ravin.com.br/ )
Preço : R$49,00

                       A região do Toro é emergente na produção de vinho. Nesta região se encontram vinícolas com mais de 40 anos de existência e  também vinícolas bem modernas com tecnologia de ponta. A sua principal uva é a tinta de toro uma variação local da tempranillo da Rioja.
                      A Bodega Vega Sauco é uma das mais importantes vinícolas da região e protagonista de rótulos muito especias. Uma bodega familiar de caráter artesanal, onde parte da sua produção (uvas) é oriunda de suas própróprias terras.
                      Descobri este vinho navegando pela a internet. Acessando o site http://www.vivendoavida.net/ constatei que este vinho teria sido campeão da feira Encontro de Vinho, batendo às cegas outros vinhos, inclusive reservas e gran reservas, de preços pelo menos seis vezes superiores.
                      O Vega Saúco Piedras Crianza 2005, é um vinho de cor rubi intensa, lágrimas grossas, lentas e bem próximas. Seus aromas nos remetem a frutas vermelhas, café, tabaco, couro, estábulo e pimenta do reino. Como viram está bem inteiro no nariz. Na boca, elegante, mineral, taninos bem domados pelos 14 meses em barricas. Retrogosto bem elegante, saboroso e persistente.
                       É um vinho de um grande custo benefício, esse eu aprovei e indico muito. Indico também o excelente site http://www.vivendoavida.net/ que traz dicas fantásticas de tudo que envolve o maravilhoso mundo dos enófilos, enólogos e sommeliers. Parabéns ao profissional Silvestre Tavares Gonçalves, que com maestria e elegância conduz de forma excepcional as postagens do seu Site. Site ou Blog? Agora me pegaram... De qualquer fomar o endereço está aí. Acessem! Vocês não vão se arrepender.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Saint Clair Omaka Reserve Pinot Noir 2007


Vinho : Saint Clair Omaka Reserve
Tipo : Tinto Seco
Safra : 2007
País : Nova Zelândia
Região : Marlborough
Produtor : Saint Clair Family Estate
Casta : 100% Pinot Noir
Graduação : 13%
Onde Comprar : IGT (Fortaleza-CE)

                          A Nova Zelândia é um país formado por duas ilhas, a Ilha Norte e a Ilha Sul como são denominadas. A riqueza do vinhedo neozelandês está entre o sul da Ilha Norte e no norte da Ilha Sul, mais precisamente entre Northland (Ilha do Norte) e Otago (Ilha do Sul).
                          Saint Clair Omaka Reserve Pinot Noir 2007 é um vinho proviniente do Norte da Ilha do Sul, da região de Marlborough. Marlborough é a região mais extensa da Nova Zelândia com 42% dos vinhedos. Além da pinot noir faz sucesso também por lá a sauvignon blanc e  seus espumantes são considerados os melhores do país.
                          Saint Clair Pinot Noir 2007, tem cor vermelho rubi claro, com lágrimas bem presentes, viscosas e bem próximas. Seus aromas são de cereja, viloleta, frutas vermelhas em calda (morango). Chama atenção também pelas notas de tostados e cogumelos, detalhe que só se observa nos grandes pinot noir. Na boca elegantíssimo, taninos bem integrados, macios, acidez perfeita e retrogosto dos mais demorados.
                         Cofesso que nunca fui muito adepto da pinot noir, não gosto muito da leveza que cerca os vinhos desta casta, mas ultimamente tenho me surpreendido com esta uva. Os últimos três vinhos de uva pinot noir que abri me agradaram bastante.
                         A harmonização inicialmente foi queijo brie e camembert, depois um filé com fungi. Mais um belo caldo que eu aprovei e indico muito.
                         Ganhei esse vinho do meu amigo que no passado chamava de tio (por ser um amigo irmão do meu falecido pai) Dr. Flávio Leitão, por isso não me perguntem o preço.