sábado, 29 de maio de 2010

Ilana Selección 2006

 Vinho: Ilana Selección 2006
 Tipo: Tinto
 Safra: 2006
 País: Espanha
 Região: Castila-La Mancha (D.O. Ribeira del Júcar)
 Castas: Petit Verdot 50% e Syrah 50%
 Produtor: Bodega Ilana
 Graduação: 14,5%
 Preço: R$ 80,00 (Sociedade da Mesa)

     Comprado na Sociedade da Mesa, um clube de enófilos que todo mês seleciona vinhos para os sócios. Este espanhol realmente foi destaque entre meu grupo de amigos que o degustaram. Levei a primeira garrafa para a casa do meu amigo Marcus Borges, que achou divino, tanto é que logo tratou de participar da Sociedadde da Mesa. Hoje foi na minha casa, com meus amigos Marcelo Leite e Marcos Vieira  que compararam-no com um vinho argentino que levou 94 pontos do Robert Parquer e ficaram impressionados com  a  categoria desse espanhol. O Ilana  Selección 2006 deu de pau no portenho. Por questão de ética, não vou revelar o nome do vinho argentino.
     Ilana é uma bodega familiar que já chega à sua quarta geração de vinicultores. Localiza-se em Catilla-La Mancha na D.O. de Ribeira del Júcar, desconhecida pra min.
     Esse vinho com 50% Petit Verdot e 50% Syrah, é vermelho intenso, rubi. No nariz complexo, robusto, frutas, caramelo, baunilha, coco, nos remete a café torrado e pão torrado. Na boca estupendo, moderno, cereja, ameixa, chocolate,  final longo e perfeito. Um vinho que não precisa de comida pra ser degustado; inteiríssimo. Apesar dos 14,5% Vol. não se percebe absolutamente nada de álcool.  Não é uma skol mas desce redondo.
     Carneiro ao forno (pernil) e pato cozido, aquele pato que minha querida sogra D. Julita Mapurunga, e minha cunhadinha Geovânia sabem fazer como ninguém, foram os pratos que harmonizamos esta jóia espanhola. Esses pratos com o vinho cairam como uma luva.
PS. Ese vinho foi a seleção grandes vinhos da Sociedade da Mesa do mês de março/10.
www.sociedadedamesa.com.br

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Barca Velha 1999


     Estivemos em Portugal e adquirimos três garrafas do vinho Barca Velha 1999.
Perguntamos ao Sardemberg e ao Renato Machado no progama Momento do Brinde da Rádio CBN... Quando abrir um Barca Velha 1999? Devo beber agora ou esperar mais um pouco?
    Ouça aqui a resposta do Renato Machado.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

De volta ao Velho Mundo com o Cune.



Vinho : Cune
Tipo : Tinto Crianza
Safra : 2006
País : Espanha
Produtor : CNVE (Companhia Vinícola do Norte da Espanha)
Região : Rioja Alta
Castas :90%  Tempranillo, 10% ,Garnacha e Manzuelo.
Graduação : 13,7 % Vol

     Já que nas três últimas postagens escrevi sobre vinhos do Novo Mundo, hoje vou permitir que degustem junto comigo um vinho espanhol.
     Este crianza tem uma cor cereja brilhante e violáceo expressando sua juventude, no nariz muita fruta, ameixa, nos remete também a tostados muito agradáveis, especiarias, um pouco de pimenta. Paladar muito agradável apesar dos taninos bastante presentes, muita persistência em boca, característica da tempranillo.
     Postei ao lado, o prato que harmonizei com este vinho. Tapas de defumados, com presunto, salmão e robalo. Foi muitíssimo bem. Achei que os peixes fossem se ofuscar diante do crianza, mas o toque defumado deu mais moral para o prato mantendo a harmonia perfeita.
      Tudo isso se deu em Madri, no Restaurante Mesòn el Jamon de Gran Vía, eu e minha esposa Fernada Lôbo. Ah ! A Fernanda pediu um belo Carré de Cordeiro que foi também perfeito com o tinto.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Las Perdices Reserva Don Juan 2006


Vinho : Las Perdices Reserva Don Juan
Tipo : Tinto
Safra : 2006
País : Argentina
Região : Mendoza (Jujan de Cuyo)
Castas : Malbec 70%, Syrah 11%, Bonarda 10%, Merlot 9%
Preço : R$ 80,00 ( Sociedade da Mesa)

        Este edição limitada (10.000 garrafas), é uma assemblage portenha de bastante personalidade. Envelhecido 18 meses em barricas de carvalho francês, tem guarda estimada entre  10 a 15 anos. Cor vermelho profundo, um pouco violeta, intensos aromas de frutas vermelhas, adocicado, morangos maduros, ameixa seca, especiarias, pimenta, menta, combinados com toques de tabaco,chocalate e  baunilha. Na boca bom ataque, boa presença de boca, porém suave, taninos muito redondos e maduros. Os 18 meses de madeira fez muito bem a este vinho.
    Infelizmente harmonizei este belo caldo com uma pizza de musarela com calabresa picada. Vou abrir meu coração! Na realidade, estava em casa e saí pra comprar uma pizza para o jantar...  resolvi então abrir um vinho. Foi tudo meio de improviso. O fato é que o vinho venceu de longe a comida, ele merece muito mais, talvez um cordeiro ao forno, uma codorna, ou mesmo um bom filet ao funghi.
    Como na vida o que fica são as coisas boas, vamos esquecer a pizza e nos lembrar intensamente deste belíssimo exemplar argentino.
 PS : Hoje é terça, dia de confraria, mas os meu amigos da confraria (Werton e Fernando), foram a um jantar oferecido pela Sociedade de Oftalmologia do Ceará no Sal e Brasa, portanto me deixaram só. Para me vingar, tomei esse belo  vinho sozinho. Eles não fazem idéia do que perderam.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Miolo Cuvée Giusepe


Vinho : Miolo Cuvée Giusepe
Safra : 2004
Produtor : Miolo
País : Brasil
Região : Vale dos Vinhedos RS
Casta : Cabernet Sauvignon 60%, Merlot 40%
Graduação : 13% Vol
Preço : R$ 27,40
Onde Comprar : http://www.meuvinho.com.br/

     Um excelente custo benefício, característica não muito peculiar do vinho brasileiro. Presenteado pelo meu amigo Ronald Fontenele com uma garrafa deste vinho, resolvi abri-lo numa tarde de sábado enquanto curtia um pouco minhas filhas nas poucas folgas do árduo dia a dia de um anestesiologista.
     Cor rubi, aromas de pão torrado, frutas vermelhas, café, especiarias. Na boca, boa presença, taninos suaves, macios, final persistente. Vinho muito honesto e surpreendente.
      Logo após degustá-lo, fui na internet e achei esse belo vinho nacional por R$ 24,70, comprei seis garrafas no site meuvinho.com.br. Mais um vinho degustado e  aprovado pela nossa confraria (Confraria das Terças). É indiscutível, até o momento, o melhor custo benefício do ano de 2010, na minha opinião. Encontrei também no Mercadinho São Luiz do Pátio Cocó em Fortaleza, porém o preço estava mais salgado (R$ 47,00).
       Alguns amigos reclamam que os vinhos que avalio em meu blog são caros. Este exemplar veio pra me redimir perante aqueles que não pagam mais que R$ 35,00 por uma garrafa de vinho.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Joaquim 2005


Vinho : Joaquim 2005
Tipo : Tinto
Safra : 2005
Castas : Cabernet Sauvingnon, Merlot.
País : Brasil
Região : Serra de Santa Catarina
Produtor : Villa Francioni
Graduação : 13,5 Vol %
Preço : R$ 80,00

      Bom vinho nacional, porém de custo benefício discutível. Destaque entre os vinhos nacionais na minha opnião, mas existem vários vinhos importados do mesmo nível com menor preço.
     Cor vermelho rubi com reflexos violáceos. No nariz equilibrado, nos remete a especiarias, café, frutas vermelhas maduras,pimentão, baunilha, evidenciando os 10 meses de carvalho. Na boca, taninos macios,boa acidez, retrogosto persistente, ameixa, chocolate. Deve melhorar ainda mais nos próximos cinco anos.
      Tivemos a oportunidade de degusta-lo em um dos encontros da ACAV (Ceará) no Restaurante Sal e Brasa, os pratos foram um Fray Rack e um Pernil de Carneiro. Foi muito bem com ambos.
       Levamos esse exemplar do Brasil para a Confraria das Terças , foi bastante aplaudido pelos amigos Werton Lôbo e Fernando Monte.
       É um vinho muito agradável, representa a evolução do vinho nacional, mostrando que a indústria vinícola Brasileira vem melhorando muito nos últimos tempos. Não só de espumante vive o Brasil, temos hoje bons destaques entre os vinhos tranquilos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Francos 2003


Vinho : Francos 2003
Tipo : Tinto
País : Portugal
Produtor : DVJ Vinhos
Região : Estremadura ( Alenquer)
Safra : 2003
Castas : Touringa Nacional 50%, Touringa Franca 40%, Alicante Bouschet 10%
Graduação : 14%
Onde Comprar : World Wine (R$ 72,00 / Promoção)

           Produzido por José Neiva na Quinta de Porto Franco, este belo exemplar português já bem evoluido se mostra elegante, inteiro e muito fácil de beber.
           No nariz notas de café, especiarias, tostados,defumados, couro, frutas negras (ameixa). Excelente presença de boca, macio, retrogosto persistente, taninos muito redondos, notas de ameixa e chocolate meio amargo.
           Um vinho que vai bem com carne vermelha, caça, massas com molhos a base de tomates e bacon.
           O Francos 2003, foi muito bem com uma picanha de pato no molho de laranja e pimenta rosa. Tudo isso no Restaurante L'assiete do casal Olivier e Fabiana. Esse prato, novo no cardápio, já está aprovado por min e pelo amigo Ricardo Barrera, diga-se de passagem um grande gourmet.
            Detalhe, no L'assiete em Fortaleza até duas garrafas de vinho não é cobrado rolha, portanto, tenho adotado esse bistrô francês como meu favorito, além disso a comida é fantástica e o preço honestíssimo.


sábado, 15 de maio de 2010

Os diversos tipos de vinho.

     Meus amigos sempre me perguntam a respeito dos determinados tipos de vinhos, principalmente os Frisantes e os do Porto.  Como são feitos ?Por que a alta graduação dos vinhos do Porto ? Qual a diferença entre frisante e espumante? Então, resolvi escrever um artigo falando de forma resumida sobre a classificação dos diferentes tipos de vinhos.

    A classificação mais conhecida é a que tem como referência a cor do vinho. Esta permite diferenciar três tipos : brancos, tintos e rosê. A cor das uvas tintas é devido às antocianinas, pigmentos contidos na casca das uvas tintas e inexistentes nas brancas. As polpas das uvas são claras, independente de que cor seja a uva , como consequência o suco obtido das polpas sem contato com a casca é claro, de onde se conclui que, uvas tintas podem gerar vinhos tintos e brancos, mas uvas brancas só fazem vinhos brancos. Os rosês, são obtidos das tintas colocadas para fermentar, mas retirando-se as cascas quando o suco atinge a tonalidade rosa.

      Outro tipo de classificação é quanto a variedades de uvas utilizadas. Podemos ter vinhos com um só tipo se uva , os chamados varietais, mais vistos no Novo Mundo. Os vinhos elaborados a partir de duas ou mais variedades de uva são ditos vinho de corte, assemblage ou blend e são uma marca doVelho Mundo. Claro que temos varietais no Velho Mundo, mas não é a tradição. No Brasil se um vinho é elaborado com 60% de uma determinada uva, é dito varietal apesar de ser feito com mais de uma uva. Como se vê, isso depende também da legislação vigente no país. Nos Estados Unidos, o vinho é chamado de varietal se ele é feito com 85% de uma só uva, mesmo que os 25% restantes sejam de outras castas.

      Quanto a presença de gás carbônico, que é formado durante a fermentação, eles podem ser
chamados de vinhos tranquilos, com quantidade despresível de gás. Os que possuem grande quantidade de gás são chamados de Espumantes, já os que apresentam gás em quantidade perseptível são os Frisantes.

     Uma outra categoria é a dos vinhos fortificados, assim chamados pelo fato de serem mais forte em álcool. O grande exemplo é o Vinho do Porto, obtido pela adição de aguardente de uva ao suco que está fermentando. A aguadente interrompe a fermentação pelo alto teor alcoólico, assim o vinho se torna doce e forte. Se a aguardente for adicionada após o término da  fermentação, teremos um vinho forte e seco, como é o caso do famoso fortificado espanhol, o Jerez.

     Existe ainda os vinhos doces naturais e licorosos feitos com uvas bastante amadurecidas com altas concentrações de açúcar, ou uvas atacadas por fungos que as desidratam, deixando-as como uvas passas com alto teor de açúcar. Esses vinhos junto com os fortificados doces são denominados de Vinhos de Sobremesa.

    Como vimos, é um pouco complexo, porém fundamental o conhecimento dos diferentes tipos de vinhos para que possamos ampliar as nossas opções de escolha na hora de adquirir um bom produto.
     As opções de vinho são muitas por isso não importa o tipo de vinho que você beba, o importante é beber o que você gosta, pois entre goles e dicas o que fica é o prazer de saborear belas taças de vinho, jogando conversa fora na companhia de grandes amigos.

PS: Bibliografia
O Vinho no Gerúndio. Autor : Júlio Anselmo de Souza Neto
Comida e Vinho. Harmonização Essencial. Autor : José Ivan Santos e José Maria Santana
Viagem ao Mundo do Vinho. Autor : Ivan Miranda de Araújo.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Focus, um merlot italiano.


Vinho : Focus
Tipo : Tinto
Safra : 2002
Produtor : Volpe Pasini
País : Itália
Região : Friuli
Casta : Merlot
Graduação : 13,5% Vol
Onde Comprar : World Wine

     Embora de origem francesa a uva merlot, pela sua grande adaptação ao lugar é hoje quase uma uva típica da região de Friuli. Nesta região italiana a merlot ganhou corpo, estrutura e uma elegante evolução.
     Focus 2002, cor vermelho telha, lágrimas bastante visíveis. No nariz estupendo, tostados, especiarias, ameixa preta, grosélia. Na boca retrogosto muito persistente, equilibrado, boa acidez, chocolate, ameixa, macio, carnudo, bastante evoluído.
     Vinho bastante evoluido, pronto pra beber. Levamos este merlot italiano e degustamos com um espagueti no molho de tomate e linguiça  portuguesa , caiu como uma luva. Pena que só tinha uma garrafa.
O local foi a casa do meu amigo Marcus Borges  e minha comadre Cristiane.
     Boa comida, ótimo vinho, excelente companhia.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Frisante e o Leitão.




Vinho : Castiço
Tipo : Branco Frisante
Safra: 2009
País : Portugal
Região : Bairrada
Produtor : Cava Central da Bairrada SA
Preço : 12,00 Euros ( Restaurante Pic Nic dos Leitões.)

       Em 2002 , com o objetivo de melhorar a qualidade e acopanhar as tendências do mercado cosumidor, a Cave Central da Bairrada efetuou uma profunda alteração no processo de produção. No novo processo deixou-se de adicionar gás carbônico aos vinhos, passando estes a adquirir seu próprio gás, por fermentação natural em cubas fechadas (método Chamat). Passando a produzir vinhos espumantes.
       Durante o ano de 2005 a Cave Central da Bairrada aplicou o mesmo processo produtivo ao Vinho Frisante Gaseificado "Castiço" que passou a denominar-se Vinho Frisante Castiço, pelo fato do gás ser adquirido por fermentação em cuba fechada.
       É um vinho especialmente criado para acompanhar grelhados e o célebre e muito apreciado Leitão Assado à Bairrada, tem um excelente custo benefício. No Nariz frutado, abacaxi, pêssego, melão, na boca efervecente, treme a língua, mineral, frutado, notas de pêssego, muito saboroso.
        Eu e minha mulher, tivemos a oportunidade de degustar esse vinho com um belíssimo leitão à Bairrada ( foto acima) no Restaurante Pic Nic dos Leitões, na cidade de Mealhada. O acompanhamento foi batatas portuguesas e salada verde. Fomos gentilmente levados pelo nosso guia turístico e  taxista Pedro, que tomou a iniciativa de escolher o restaurante, o prato principal e o belo vinho Castiço. Nosso amigo não era nenhum grande enólogo mas sabia que todos da região comem esse leitão acompanhado do  Vinho Frisante Castiço.
        Cofesso que demorei pra acreditar que seria uma harmonização perfeita, mas no mundo da enofilia, quando se tem dúvida, prefira prato e comida da mesma região, assim é mais difícil a surpresa negativa. De fato tudo se encaixou na mais perfeita ordem.
PS - Um abraço ao amigo Pedro, pela fantástica escolha, tanto do prato como do vinho, foi um almoço pra ficar na história.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tempranillo, a protagonista da Espanha.

      Seu nome deriva do termo espanhol temprano, que quer dizer "cedo", provavelmente em virtude do seu amadurecimento precoce. É a casta que constitui a uva-chefe da maioria dos vinhos tintos espanhóis mais importantes. Tem como característica a casca grossa e escura, permitindo que o tinto mostre uma cor intensa e profunda, com boa estrutura para o envelhecimento, sem um teor alcoólico desproporcional.
     A título de curiosidade essa uva possui vários nomes ao longo da Península Ibérica. Na  região do Douro é conhecida como Tinta Roriz e é a base para o vinho do Porto. No Alentejo amacia os tintos com o nome de Aragonês e aparece ainda no Dão como Tinta Aragonês. Na Rioja e em Navarra é mesmo tempranillo, porém em Ribeira del Duero seu nome é Tinta Fino ou Tinta del País. Na Região de La Mancha e Valdepeña é Cencibel e Tinta Toro em Toro. Na Catalunha é conhecida como Ull de Lebre.
     Costuma dar melhores tintos em regiões um pouco mais frias, como Ribeira del Duero, Rioja e Penedés, de onde saem vinhos mais elegantes e com acidez equilibrada. No geral, são tintos que se caracterizam pela grande intensidade, aptos a evoluir bem em garrafa e muito equilibrados.
      Aromas frutados, toques de morango, caramelo e especiarias. Quando envelhecidos em barricas de carvalho americano, predomina aromas de baunilha
     O foco de suas harmonizações são carnes vermelhas, carneiro de preferência assado, caças (codorna, coelho, pato), pratos ricos a base de carne, como por exemplo paella com carnes e boeuf bourguignon, vão muito bem. As massas com molhos a base de tomates, linguiça ou champignon são uma excelente pedida.
     É de difícil harmonozação com pratos mais salgados, pois o sal exalta o amargor dos tanninos, abundantemente presentes nesse vinho.
    Esta uva  aceita muito bem o estágio em madeira, dando formidáveis Reservas e Gran Reservas Espanhóis com aromas rico em especiarias, fumo e tostado.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Pêra - Manca Branco 2007



Vinho : Pêra Manca
Tipo : Branco
Safra : 2007
Produtor : Fundação Eugênio Almeida
País : Portugal
Região : DOC Alentejo (Évora)
Casta : Antão Vaz e  Arinto
Graduação : 13 % Vol

           Um dos vinhos  portugueses de maior prestígio, feito apenas em anos especiais, é produzido a partir da seleção de castas Antão Vaz e Arinto, uma parte do seu lote fermanta em depósito de aço inox, a outra em barricas de carvalho francês, à temperatura controlada de 16 graus. Pêra Manca é a marca que a adega Cartuxa destina aos vinhos excepcão.
           Aroma muito complexo com notas minerais, manteiga, pêssego, maçã verde, frutas brancas em compotas e mel. Na boca elegante, retro-gosto persistente, ligeiramente acídulo e mineral, macio, seco com bom corpo. Não é uma Skol mais desce redondo demais.
        De entrada polvo marinado no azeite e camarão natural, que cairam muito bem com este formidável exemplar do Alentejo. No almoço o prato principal foi peixe, uma dourada fresquinha, grelhada , e regada com azeite extra virgem, acompanhado de salada verde e batatas cozidas. O local foi o Restaurante Mestre Zé  em Cascais (Portugal) mais precisamente na Praia do Guincho. Iniciamos e terminamos o almoço com o mesmo vinho, afinal em time que tá ganhando não se mexe.
PS - O garçon que nos serviu chama-se Felipe e a aparece aí na foto. Um grande abraço para o amigo Felipe que nos tratou muito bem. Conforme prometi, publico sua foto no BLOG.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pesquera Reserva 2005


Vinho : Pesquera Reserva 2005
Tipo : Tinto
Safra : 2005
Produtor : Grupo Pesquera ( Alejandro Fernández )
País : Espanha
Região : Ribeira Del Duero
Casta : Tempranilo 100%
Graduação : 13,5 % Vol
Preço : 28 Euros ( El Corte Inglês - Madri)
            R$ 178,00 (Mistral)

     Elaborado por um dos magos da enologia espanhola, Alejandro Fernández, este vinho envelhecido 24 meses em barricas de carvalho americano e 12 meses em garrafa, tem uma cor rubi intensa, as vezes  violáceo. No nariz grande complexidade, frutas negras em compotas, café, pimenta, muito aromático, mostrando toda sua característica de campeão. Na boca muito elegante, macio, redondo, muito fácil de beber. Predomina frutas negras, madeira e chocolate. Servido a 14 graus vai bem com carne vermelha e caça.
     O Pesquera Reserva 2005, apesar de inteiro, pode evoluir muito mais. Podemos guardo-lo por pelo menos mais cinco anos e teremos uma belíssima surpresa. É realmente um vinho emblemático.
     Decantamos por meia hora e degustamos este Pesquera Reserva 2005 com um cabrito ao forno acompanhados de batatas coradas, muito bem elaborado no Restaurante El Botin em Madri. Confesso que não dá pra esquecer, mesmo porque estava na companhia de uma bela mulher, a minha é claro.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Quinta da Pacheca Vinha da Rita 2007

 
   Vinho : Quinta da Pacheca Vinha da Rita 2007
   Tipo : Tinto
   Safra : 2007
   Produtor : Quinta da Pacheca
   País : Portugal
   Região : Douro
   Casta : Touringa Nacional, Touringa Franca e Tinta Roriz.
   Graduação : 14,5 % Vol
   Preço : 17 Euros ( Na Vinícola)
  
   Quinta da Pacheca é uma das mais conhecidas propriedades do Douro. Destaca-se pelo fato de ter sido uma das primeiras a engarrafar vinhos com sua prórpia marca. Isso aconteceu em abril de 1738, realizado pela proprietária D. Mariana Pacheco Pereira. Em 1903 apropriedade foi comprada por D. José Freire de Serpa Pimentel, e este decidiu desenvolver o seu crescente interesse pela enologia. Portanto, a geração dos Serpa Pimentel assumiram a gestão da Quinta.
    Tivemos a oportunidade de visitar a Vinícola na cidade de Régua à beira do Douro. Foi uma experiência inesquecível. Fizemos um tour pela vinícola e ao final realizamos uma degustação.
    Por ocasião da visita adquirimos algumas garrafas de vinho, dentre eles o QUINTA DA PACHECA VINHA DA RITA 2007. Cor rubi intenso evidenciando toda a sua jovialidade, pois se trata de um 2007, no nariz, aroma de frutas vermelhas maduras, chocolate, um pouco de especiarias, menta. Na boca presença marcante, taninos bem equilibrados apesar de jovem , retrogosto persistente nos remete a ameixa e chocalate meio amargo. Envelhecido 12 meses em carvalho Francês. Ainda tem pelo menos uns 10 anos de garrafa.
  Harmonizamos esta preciosidade com um capote na lata, é isso mesmo, capote na lata, prato muito bem elabora pelo meu amigo Valdir do Restaurante Tilápia em Fortaleza.
PS. Pra quem não sabe o que é capote, é o mesmo que galinha D' Angola, é uma ave de carne branca porém com sabor marcante e que combina muito bem com vinhos tintos encorpados. O termo na lata significa que é frito e misturado com a farofa do próprio capote. Um prato bem típico do sertão do meu Ceará.  É realmente uma delícia.

domingo, 2 de maio de 2010

14 de Abril de 2010 comemorado no Chafariz do Vinho.



    

   















  Este ano resolvi passar meu aniversário na Europa, mais precisamente em Portugal, e navegando pela internet, procurando sites sobre vinho, encontrei uma reportagem muito interesante no site ENOEVENTOS sobre uma enoteca de Lisboa chamada Chafariz do Vinho. Resolvi então comemorar meus 45 anos nesta vinoteca.
    Localizada no antigo chafariz de Lisboa, mais precisamente o Chafariz da Mãe d'agua, é um local muito interassante, com uma decoração bastante rústica , harmonizando o medieval com o moderno, um local extremamente agradável.
    Na enoteca você não vai se deparar com pratos individuais para se jantar e sim pequenas porções para se tapear como diz o espanhol , na realidade são porções para se harmonizar com variada e rica adega do local . Os preços são bastante honestos e em  comparação com o que se tem por aqui, da pra chorar.
    Bem, vamos ao que interressa, os vinhos degustados nesta noite foi um Esporão Private Selection 2007 branco de entrada e um Pêra Manca 2005 tinto, dois vinhos alentejanos de pêso. No final fizemos uma degustação de vinho do Porto com cinco provas. Nota-se que foi uma noite pra ficar na memória.
    Foi maravilhoso, estiveram comigo nesta noite, minha mulher Fernanda e os amigos Stênio e Silvânia.
PS. Fomos muito bem atendidos pelos amigos garçons brasileiros ( Mineiros) , Emerson e Everton, dois irmãos que trabalham na casa. Prometi que publicaria a foto deles no Blog.