terça-feira, 22 de junho de 2010

Incógnito Cortes de Cima 2005



Vinho : Incógnito
Tipo : Tinto
Safra : 2005
Castas : 100% Syrah
Graduação : 14,5% Vol.
País : Portugal
Região : Alentejo
Produtor : Cortes de Cima
Preço : 80,00 Euros (Restaurante Sete Mares- Lisboa)

     Hanns e Carrie Jorgensen viram Cortes de Cima pela primeira vez em 1988, foi amor a primeira vista. Carrie achou a paisagem muito parecida com a da sua Califórnia e o clima mediterrâneo bem diferente da fria Dinamarca, foi o que encantou o dinamarquês Hanns. Começaram a fazer coisas diferentes, plantar uvas tintas em uma região tradicionalmente de brancas. Assim, cultivaram a uva Syrah, nessa altura ainda não aprovada pela denominação de origem. Em 1998, quando engarrafaram o primeiro monocasta Syrah, tiveram problemas na escolha do seu rótulo, uma vez que a casta ainda não estava autarizada na produção de vinho regional. Como não podiam estampar o nome da casta no rótulo, chamaram-no de INCÓGNITO.
    Bom, dicas a parte vamos aos goles ou seja, partir para avaliação do vinho. Estava curioso para degustar este ícone português. Foi no dia 10 de junho de 2010, feriado em Portugal, dia de Camões, que tivemos a oportunidade de nos encontrar com esta jóia. Em passagem por Lisboa devido a uma escala demorada, cerca de 12horas, resolvi ir para um hotel e almoçar no Restaurante Sete Mares. Este restaurante fica bem próximo do Aqueduto das Águas Livres em Lisboa, próximo ao Novotel.
    Ao chegarmos no Sete Mares pedimos a carta de vinhos e estava lá ele, um preço um pouco salgado, mas como não sou homem de quantidade e sim qualidade, não tergirversei, solicitei logo ao  garçon uma garrafa de Incónito 2005 e uma água com gás.
    Um vinho de cor intensa com tonalidade violeta. No aroma se revela com ameixa e frutas vermelhas em calda, café, pão tostado, pimenta, até mesmo um pouco de menta e notas de couro. Apresenta-se elegante e poderoso no palato, sabores de frutas negras,chocolate, taninos evidentes porém damados pelos 08 meses em barricas de carvalho francês. Não se nota muito o álcool, apesar dos 14,5%, o que demonstra todo seu equilíbrio em boca com retrogosto bastante demorado.
    Valeu a pena esperar, é realmente um vinho emblemático. Pra harmonizar pedi inicalmente presunto pata negra, pão e azeite extra virgem português. A dúvida era se pedía um bacalhau como prato principal, tinha medo do vinho ofuscar o brilho do bacalhau. Acabei por pedir um bacalhau grelhado com batatas, cebola e azeite (foto) foi divino, o nosso prato aguentou bem esse carnudo e aveludado sirah português.
   Pra terminar, uma bela taça de vinho do porto Quinta do Crasto LBV 2004 e um café expresso. Depois disso, voltamos ao hotel e tiramos uma bela soneca aguardando o vôo das 22 horas pra Helsinque (Finlândia), onde fui participar do Congresso Europeu de Anestesiologia 2010. Atualizar um pouquinho é sempre bom !
  PS. Infelizmente tive que tomar sozinho essa garrafa. Quer saber? Achei ótimo.
Você acertaria também na harmonização se os pratos fossem, um pernil de cordeiro, um carret ou mesmo uma bela codorna.

2 comentários:

Silvestre Tavares Gonçalves disse...

Amigo ai é maldade !!! Maravilhoso !!!

Abs

Christinna Nogueira disse...

Se quiser tenho deste vinho a venda. 2002 e 2005. obrigado!

kristinnafoxy@hotmail.com

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