sexta-feira, 2 de abril de 2010

Amarone do vinhedo à boca.

    O Vêneto, mais precisamente Verona é uma das capitais do vinho na Itália, onde lagos dos vinhos tintos Valpolicella e Bardolino e do branco Soave são drenados para milhões de garrafas. O principal tinto do Vêneto, o Valpolicella, é um dos nomes mais explorados da Itália. O Valpolicella é produzido a partir de um corte onde predominam as uvas nativas Corvina, Molinara e Rondinella. A Corvina com mais personalidade, a Molinara maior acidez e a Rondinella acrescenta algum sabor. Existe o Valpolicella básico, o Valpolicella Superiore.

 
   Ótimos Valpolicellas são produzidos em pequenas quantidades: o Recioto della Valpolicella e o Amarone della Valpolicella.
No processo de produção do Amarone as uvas são colhidas, passam pelo processo passito, no qual são cuidadosamente arrumadas em engradados rasos, empilhados com bastante espaço entres eles para o ar circular. Secam por quatro a seis meses ou mais, até ficarem enrugadas como uva-passa. Daí, são prensadas e fermentadas lentamente até que todo açúcar da uva se transforme em álcool. Receberá o nome de Amarone. Amaro significa "amargo", e amarone, "fortemente amargo".
O amarone é um vinho encorpado, com teor alcoólico entre 14% e 17% vol., altíssimo para um vinho de mesa. Os italianos o chamam vini da meditazione. É realmente único.
Cor, vermelho-escuro profundo, tipo porto, aroma de cereja preta, ameixa, figos, tabaco, couro. Paladar complexo, poderoso, forte, muito longo, final amargo característico, que lhe dá um verdadeiro frescor.
Masi, Serègo Alighieri e Allegrini são excelentes produtores, procure pelas palavras CLASSICO OU SUPERIORE no rótulo.
Apesar de ser um vinho que vai bem só, podemos harmonizá-lo com um bom filé, carne de caça ou massa ao pesto, os exemplares mais velhos do vinho são ótimos com queijos fortes.

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